segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Empatia: expediente para cura de almas.

Depois de algum tempo sem postar, volto a me manifestar nesse sítio. Escrever é catarse. É uma tentativa de libertação, de dizer ao mundo o que a alma tenta esconder. Portanto, nesse momento tão delicado, em que o medo parece vencer a esperança, venho tratar de questões da alma: da minha e de outras almas mundo afora.
Tantas são as pessoas que padecem com doenças na alma; uma dor incontida, incompreendia e às vezes invisível. Dizer que se padece da alma é um ato corajoso, porque as pessoas não costumam levar isso a sério. Cuida-se do corpo, da aparência, das doenças físicas, da falta de dinheiro; mas o que diz respeito a doenças da alma é comumente preterido, colocado em segundo plano, visto mais como uma condição imposta por si mesmo, falta de força de vontade para superar dificuldades, frescura, moleza.
Só quem sente ou já sentiu a alma doer entende o que se passa na vida de uma pessoa nessas mesmas condições. Nas igrejas, eloquentes pregadores não conseguem ter empatia e dar a devida atenção ao problema. E cada vez mais pessoas padecem com doenças sociais, sozinhas, guardadas em seu silêncio. Doenças como fobias, medos incontroláveis e inexplicáveis, síndrome do pânico, depressão, transtornos obsessivo-compulsivos, ansiedade povoam as igrejas que nada ou quase nada fazem para curar seus fiéis.
Pessoas clamam por ajuda, precisando de alguém para ajudá-las a se curarem. É sabido que somente Deus pode curar a alma. Mas um doente precisa que alguém o leve ao médico, que seja um acompanhante em seu tratamento de saúde. Por isso, peço a Deus que me capacite, para que eu possa ajudar a quem precisa de uma mão, de um ombro amigo. Porque só quem já passou pelo deserto, sabe o que é deserto. Nesse contexto, empatia é necessária. Apenas quem é capaz de sentir empatia pode ajudar alguém no tratamento da cura da alma.

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