sexta-feira, 18 de abril de 2008

Deus opera no silêncio.

Silêncio... essa é uma palavra que nos remete a variadas sensações, às vezes, contraditórias. Posso pensá-lo como a simples ausência de ruídos, que nos parece uma percepção ingênua das coisas. Posso também interpretá-lo como: momento de paz, expressão de uma introspecção, timidez, medo, melancolia ou profunda tristeza, enfim, como um mecanismo de defesa da existência. Pode representar também o agir de Deus em nossas vidas, momentos esporádicos e às vezes intermináveis, difíceis de se suportar, mas necessários: provas de fogo que se nos impõem.
O silêncio de Deus..............................................................................
Deus conhece nosso ser, sabe de todas as nossas falhas, de todos os nossos pontos fracos. Conhece profundamente nossos limites. Permite-nos o livre arbítrio, portanto, se cala... Profundo silêncio, amargo silêncio, infindo silêncio... E nos perguntamos, envoltos por situações difíceis, buscando soluções a nossos problemas, que parecem insolúveis: - Onde está Deus? Por que não me responde? Não suporto mais, ele se esqueceu de mim. - é isso que desesperadamente falamos sem pensar, como se Ele não nos conhecesse profundamente. Olhando para o filho ingrato, Deus deve dizer: - Tu não sabes o que diz, menina de meus olhos! Estou movendo céus e terra por ti, para te agraciar quando tu menos esperas! Fiques firme que eu sei a hora de agir. Estou te dando experiências! Estou te burilando, te lapidando, estou te amadurecendo, para que quando a benção vir, tu saibas o que fazer com ela.
Ele está olhando para nós. Silencia, mas nos contempla, vela por nossa alma, cuida de nossa reputação, muda nossa vida! Glórias a Deus por isso! Mesmo sendo filhos ingratos, pecadores por natureza, indignos do perdão divino, Ele nos assiste, nos faz vencedores. Responde-nos na hora e no momento certo, pode acreditar!

Um comentário:

Zilma Franco - Continuo sonhando o sonho que m'invade disse...

“Numa ocasião, uma cristã sonhou com três pessoas que oravam. Enquanto estavam orando, o Senhor chegou-se a elas.
Ao aproximar-se da primeira, inclinou-se para ela e sorrindo com amor falou-lhe com suave voz.
Deixando-a, dirigiu-se à segunda, todavia só pôs a mão sobre a sua cabeça curvada, dando-lhe um olhar de aprovação.
Pela terceira mulher, Jesus passou quase abruptamente, sem se deter e proferir uma palavra ou a dirigir um olhar.
A senhora, no seu sonho, pensou consigo mesma: Como Deus deve amar a primeira mulher! A segunda, o Senhor deu a sua aprovação, mas nenhuma das demonstrações de amor que deu à primeira. E a terceira mulher deve tê-lo entristecido muito, pois o Senhor não lhe dirigiu qualquer palavra, nem sequer um simples olhar… Que teria feito essa mulher, e por qual motivo Deus fez tanta diferença entre elas?
Enquanto procurava interpretar a atitude do seu Senhor, Ele mesmo aproximou-se dela, no sonho, dizendo:
- Ó mulher, quão erradamente me interpretaste! A primeira mulher, prostrada de joelhos, precisa de toda a minha ternura e cuidado para conservá-la no meu caminho. Precisa sentir o meu amor, cuidado e auxílio a cada momento do dia. Sem isso iria falhar e cairia. A segunda já possui uma fé mais forte e um amor mais profundo, e posso esperar dela que confie em mim, quaisquer que sejam as circunstâncias e o que quer que os outros façam. A terceira mulher, que eu parecia nem notar e quase negligenciar, tem fé e amor da mais alta qualidade, e eu estou preparando-a mediante processos enérgicos e drásticos para o mais alto e santo serviço. Ela conhece-me tão de perto, e confia em mim tão inteiramente, que não depende de palavras, olhares ou de qualquer demonstração sensível da minha aprovação, não desmaia nem desanima diante de nenhuma circunstância adversa; ela confia em mim, mesmo quando o sentimento, a razão e os mais fortes instintos do coração natural se rebelariam, pois sabe que eu estou operando nela para a eternidade, e que aquilo que faço – conquanto ela não o saiba explicar agora -, compreendê-lo-á depois. Eu silencio em meu amor, porque amo além do poder de expressão das palavras e do poder do entendimento do coração humano. Faço-o também a fim de poderdes aprender a me amar e confiar em mim correspondendo espontaneamente ao meu amor, sem o estímulo de nenhuma coisa exterior para fazê-lo brotar”.
Autor desconhecido

Fernanda, o silêncio de Deus pode ser tão eloqüente quanto a sua voz... Um abraço.